
A profissão de detetive particular é cercada de dúvidas devido aos muitos mitos existentes sobre ela. Atualmente, entretanto, esse profissional atua de acordo com a legislação vigente e pode atender demandas de diversos tipos.
Inicialmente é preciso saber que o detetive particular não atua só nas investigações conjugais, como as de traição. Há demandas de diferentes áreas, portanto, a profissão é bastante diversa. Conheça a seguir mais sobre o que faz um detetive e em quais casos ele atua.
O que faz um detetive particular?
O detetive particular atua na investigação de suspeitas de diferentes naturezas. Assim, sempre que uma pessoa tiver uma situação de dúvida, esse profissional pode ser contratado para ajudar a esclarecer a questão, lembrando sempre que é necessário assinar um contrato de prestação de serviço especificando quais ações serão realizadas.
Inicialmente o profissional vai coletar informações sobre o caso, buscando o máximo possível de dados para dar início à investigação. Em seguida é a fase de monitoramento, no caso de as suspeitas recaírem sobre uma pessoa, ou investigação, quando é sobre um fato ou ocorrido, como um desaparecimento.
Quando concluída essa fase e o detetive particular tiver levantado informações suficientes sobre o caso é apresentado um relatório final para o cliente, relatando as conclusões e as provas coletadas.
Assim, além do trabalho investigativo em si, o profissional também lida com questões burocráticas e legais que garantem a legitimidade da investigação.
Em quais casos esse profissional pode atuar?
Existem diversos casos além dos de traição nos quais os investigadores particulares podem atuar de acordo com a regulamentação nacional e os interesses particulares dos contratantes, como:
• Investigação empresarial para descoberta de fraudes, roubos, espionagem industrial, desvios e outras irregularidades que possam acontecer no âmbito corporativo;
• Investigação de desaparecidos, que pode ter como foco o paradeiro de uma pessoa ou animal, seja em casos que elas se perderam como também em desaparecidos ou fugitivos;
• Investigação familiar, com foco na pesquisa de propriedades ou dinheiro escondidos pelo parceiro, problemas com filho adolescente, como uma suspeita de vício, entre outras;
• Investigação de maus tratos para crianças ou idosos no caso de pessoas que precisam ser cuidadas em casa ou em locais específicos, como creches ou asilo;
• Investigação de paternidade para descobrir os progenitores assim como o paradeiro de um deles;
• Outras suspeitas familiares, conjugais, corporativas ou pessoais que possam motivar uma investigação aprofundada sobre um indivíduo ou ocorrência.
O detetive particular está apto a realizar todos esses tipos de investigação particular com o objetivo de apresentar ao cliente o esclarecimento dos fatos com base em provas.
Ele pode trabalhar em conjunto a polícia?
De acordo com a Lei 13.432/2017 o detetive particular pode colaborar com investigações criminais, o que faz com que ele possa trabalhar em conjunto com a polícia. A legislação, no entanto, determina que a colaboração em investigação policial em curso só pode ocorrer se for autorizada pelo cliente e com consentimento do delegado de polícia responsável.
Ainda assim, o detetive particular não pode dar voz de prisão ao suspeito ou portar arma de fogo.
Verifica-se, portanto, que o detetive particular tem uma atuação muito mais ampla do que apenas a investigação de traição, podendo ser procurado por clientes com diferentes demandas e suspeitas, desde que a investigação não encubra ou consista em um crime.
Em casos como este se faz necessário também uma contratação de um advogado criminalista.