By Redação Clic
Energia solar tem sido a escolha até do Itaú Unibanco!
Em parceria com a Enel Brasil, o contrato assegura energia limpa para mais de 2,1 mil agências espalhadas pelo Brasil. Com consumo equivalente a 1 milhão de residências em um mês, segundo Francisco Vieira, diretor de agências do Itaú.
Iniciativa prevê a instalação de 46 micro usinas solares de geração, distribuídas e capacidade total de 54,7 MWp.
Contrato de energia solar
Itaú Unibanco e Enel anunciaram dois contratos para abastecer 80% das agências bancárias do Itaú no Brasil com energia renovável a partir de 2023. 564 agências com maior patamar de consumo serão abastecidas por contratos de energia renovável por meio do mercado de energia.
Hoje, o acesso a esse mercado – onde o cliente pode escolher o fornecedor e firmar contratos mútuos de energia – é viável somente para unidades que consomem mais de 500 KWh por mês. Foi firmado um contrato de oito anos com a Enel Trading, que garante 1TWh.
Polos administrativos e centrais do banco já operam com energia renovável proveniente do mercado livre. As empresas não revelam o valor dos contratos, mas afirmam que o investimento inicial na construção das usinas ficará por conta da Enel.
Segundo Francisco Scroffa, executivo da Enel X no Brasil, serão instalados 75 mil painéis solares. ”Aplicar nesse tipo de projeto custa 50 milhões de euros, ao nível do mercado. Porém, as condições do contrato com o Itaú são diferentes”.
Localizações
Através de um dos contratos – com prazo de dez anos -, a Enel X, linha de negócios da Enel que oferece soluções para a transição energética de empresas, construirá 46 usinas solares de geração.
Desta forma, com capacidade de 54,7 MWp, distribuídas em 14 regiões do Brasil. Não significa que clientes do Itaú encontrarão painéis solares nas agências do banco.
As novas usinas da Enel X serão instaladas em:
- Rio de Janeiro;
- Paraná;
- São Paulo;
- Goiás;
- Minas Gerais;
- Bahia;
- Pernambuco;
- Ceará;
- Pará;
- Santa Catarina;
- Rio Grande do Sul;
- Espírito Santo;
- Mato Grosso;
- e Distrito Federal.
A previsão para início das operações é de 12 meses.
As usinas injetaram no Sistema Interligado Nacional (SIN) energia solar equivalente a 80% do consumo, em média, de 1.557 agências de menor porte do Itaú, num modelo de geração distribuída. É o maior contrato firmado pela Enel em todo o mundo.
Sustentabilidade Ambiental
Além da oferta de energia, a Enel fornecerá um sistema de monitoramento e geração de relatórios de sustentabilidade, o UBM (Utility Bill Management).
Através dele será possível monitorar indicadores de sustentabilidade e agregar dados de emissões, reportando a pegada de carbono.
Entretanto, esta não é a primeira iniciativa do Itaú na adoção de energia solar.
O banco já possuía uma rede de painéis solares que abasteciam agências em Minas Gerais, mas com o contrato com a Enel, a transição energética das agências vai muito mais adiante.
Segundo Vieira, diretor de agências do Banco, o volume é menor que 10% da capacidade de consumo, e com essa parceria, aproximadamente 80% do consumo virá de fontes renováveis. O Itaú também diz que evitará a emissão anual de aproximadamente de 10 mil toneladas de CO2.
Conclusão
Logo, vale lembrar que quando se fala de instituições financeiras, o consumo de energia das agências não é o tema mais material para a redução da emissão de gases de efeito estufa; o maior impacto da atividade está presente na descarbonização da carteira financiada.
“As emissões de escopo 3 (cadeia de valor), em instituições financeiras, chega a ser 700 vezes maior que os escopos 1 e 2 juntos (emissões próprias e energia)”, disse Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú.
Portanto, a meta do Itaú é cortar as emissões de CO2 em 50% até 2030, e chegar a zero em 2050, incluindo a carteira financiada.
