Com a super popularização dos vaporizadores nos últimos tempos, é muito comum vermos pessoas tratando os vapes como uma alternativa ao tabagismo. O que não está de tudo errado, mas é importante que façamos algumas ressalvas.
A seguir, explicaremos de forma detalhada como a indústria do tabaco vem se reinventando diante de uma população que passou a discutir e se informar acerca da redução de danos, da prejudicial popularização dos cigarros eletrônicos e quais formas menos prejudiciais de consumo de tabaco temos disponíveis, atualmente, no mercado.
Proibições, mudanças e adaptações
Desde o ano de 1986, houveram mudanças significativas que impactaram muito a indústria tabagista. Isso moldou de uma forma muito diferente a geração atual, que cresceu, sabendo de forma explícita todos os malefícios do cigarro. Diferente das gerações anteriores, que associavam o hábito de fumas ao cinema, sexo, artistas, cinema e poder.
Os primeiros programas de combate ao fumo surgiram ainda nos anos 80 e foi logo puxando uma série de ações que atrapalharam a indústria. Uma das políticas que mais mudaram os rumos do cigarro foi a proibição da venda para adolescentes (e pasmem: até 2003 a venda era legal para menores de idade).
Em nosso país, outra política que foi um divisor de águas foi a proibição do fumo em ambientes fechados.
A seguir, confira um infográfico explicativo com a linha do tempo das principais políticas que impactam a indústria tabagista.
Redução de danos
Redução de Danos é uma estratégia de saúde pública que busca controlar possíveis consequências adversas ao consumo de psicoativos – lícitos ou ilícitos – sem, necessariamente, interromper esse uso, e buscando inclusão social e cidadania para usuários de drogas
Incluem-se nessa estratégia, a propagação de informações que instruam e orientem usuários a consumir drogas de forma menos prejudicial, estratégia que tem sido muito mais assertiva que a abstinência.
Se tratando da combustão que ocorre no cigarro, existem inúmeras alternativas para o consumo do tabaco que reduza esses maléficos, boa parte delas, envolve o uso da água. Já que transformaria a fumaça quente em vapor resfriado.
Esse é um dos principais motivos que faz com que os cigarros eletrônicos sejam tão associados a redução de danos. Tornando-se até uma possível alternativa ao tabagismo.
Cigarro eletrônico (vapes)
Quase que diariamente nos deparamos com notícias sobre os cigarros eletrônicos, eles estão cada vez mais populares e se tornaram uma febre entre os jovens.
Mas afinal, como funcionam os cigarros eletrônicos?
Os cigarros eletrônicos, ou vapes, como são popularmente conhecidos, são controlados eletronicamente e utilizam baterias.
Estes aparelhos geram vapor pelo aquecimento de um líquido chamado de “e-líquidos” ou “juices” que podem conter, ou não, nicotina.
Os vapes foram projetados para fumantes como um substituto dos cigarros, permitindo satisfazer o desejo por nicotina de um modo mais saudável, ao mesmo tempo que substitui o hábito de uma forma mais semelhante possível ao ato de fumar um cigarro.
Bongs
Outro acessório que permite fumar de uma forma menos prejudicial são os bongs, eles são excelentes redutores de danos por conta do uso da água, além disso, são fáceis de encontrar, estão disponíveis nas mais diversas tabacarias do país.
Conforme citamos acima, os benefícios de fumar por intermédio da água já está mais do que comprovado em inúmeras pesquisas que rolaram muito antes da popularização de acessórios como os vapes ou bongs.
Apesar de ser um objeto que chama mais atenção e não pode ser utilizado em qualquer ambiente, vale a pena dar uma chance aos bongs. Eles são acessórios que, além de reduzir até 90% de substâncias nocivas, podem potencializar o efeito de ervas como o tabaco e outras.
Conclusão
Os jovens da atualidade estão muito menos propensos a adquirir o hábito do fumo, entretanto, quando o fazem, buscam alternativas menos prejudiciais de fazê-lo, nos levando a crer que há sim, uma grande evolução e uma visão diferenciada do uso de substâncias químicas por esses novos adultos.
O acesso à informação têm facilitado esses novos rumos e fortalecendo a ideia de que a redução de danos é uma alternativa muito mais viável que a abstinência, que até então, se posicionava como única forma de tratamento à dependência química.