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Tecnologia a serviço do trabalho

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A relação empregado-empresa tem sido muito discutida, sendo um dos principais pontos dessa discussão o tema “teletrabalho” (telecommuting ou telework).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt), já são 3,5 milhões de teletrabalhadores no Brasil, sendo registrado um crescimento de 25% entre 2000 e 2001. Nos Estados Unidos e Europa, os números são de 25 milhões e 10 milhões, respectivamente. Outro dado relevante demonstra que 87% das empresas Fortune 100 – as cem melhores empresas para se trabalhar – já adotam programas de teletrabalho.

Desses debates notamos que há benefícios para ambos os lados. Do ponto de vista do empregado, flexibilidade, qualidade de vida e satisfação pelo trabalho são mudanças bem-vindas. Já o empregador ganha ao ter um aumento da produtividade, uma redução de custos e também uma maior retenção de profissionais.

Como a tecnologia ajuda no ambiente de trabalho?

No entanto, quando nos aprofundamos e concentramos nossa análise no aspecto tecnológico – ou seja, nas soluções que viabilizarão o teletrabalho, permitindo a extensão do ambiente de trabalho a qualquer lugar – notamos que a realidade pode ser outra.

Esta extensão terá que permitir as mesmas condições que os empregados possuem em seus escritórios, como conexão rápida, acesso e manipulação de informações com segurança, compartilhamento de conteúdo, correio de voz, aplicativos e sistemas especializados para cada indústria ou departamento. Enfim, imagine-se fazendo seu trabalho hoje com a mesma produtividade, só que de forma remota.

Quando realizamos esse exercício, identificamos que o grande desafio, na verdade, pode estar nas mãos dos provedores de serviços, fabricantes e integradores. Eles têm que disponibilizar soluções que possibilitem tais facilidades aos usuários e empresas. Será necessário que os meios e suas interfaces permitam acessos estáveis e de alta velocidade aos aplicativos que serão acessados de forma remota.

Soluções customizadas deverão permitir a convergência de mídias (voz sobre IP) e aplicações com fidelidade (áudio e vídeo). As VPNs (redes privadas virtuais) seguras deverão, mediante reconhecimento do perfil do usuário, permitir o acesso ao ambiente corporativo. Aplicações especiais como portais de voz, agregando unified message, personal assistance e reconhecimento de voz poderão apoiar e organizar a vida dos usuários que, muitas das vezes, não terão mais a ajuda de assistentes.

Qual a relação entre tecnologia e trabalho?

Há ainda os Sistemas de Suporte Operacional (OSS) adaptados para medir, gerenciar, controlar e faturar a utilização de serviços remotos. Além disso, pode-se contar com faturas e interfaces interativas que permitam aos usuários habilitarem e desabilitarem serviços ou facilidades. Enfim, poderíamos avançar em nosso exercício e identificar ainda mais necessidades, que destaco aqui como oportunidades. Oportunidades que poderão suprir a baixa demanda pelos serviços básicos até então fornecidos e talvez superados, sendo a partir de então geradoras de nova fonte de receita.

Podemos dizer que, mais do que nunca, o sucesso do teletrabalho está diretamente relacionado à capacidade que os provedores de serviços, fabricantes e integradores terão em trabalhar as oportunidades destacadas, tornando-as realidade junto com popads.

Simulação de processos facilita tomada de decisão

Imagine uma ferramenta que permite a representação de um processo existente, possibilitando liberdade ilimitada de mudanças sobre as operações atuais, redistribuindo recursos e atividades, além de inovações, com acompanhamento das tarefas e geração de relatórios das principais variáveis de desempenho. Além disso, descobre-se também através dessa ferramenta maneiras de se aperfeiçoar as operações, sem o comprometimento de investimentos, paradas no sistema atual, riscos e perda de tempo.

É justamente este o poder fornecido pela simulação: a experimentação em computador de um modelo do sistema real existente em curtíssimo espaço de tempo, proporcionando uma capacidade de tomada de decisões impossível em qualquer outra tecnologia. Pela capacidade de modelagem dinâmica e representação virtual das etapas de fabricação com todas suas características (interação entre elementos, variações de tempos e quantidades, entre outras), a simulação já tem sido largamente adotada em estudos de qualquer tipo de processo industrial, como manufatura, logística, ergonomia, montagem de máquinas e equipamentos.

Ao invés da utilização de ferramentas probabilísticas ou matemáticas utilizadas por especialistas e programadores, um software de simulação torna possível a análise de processos reais por administradores e gerenciadores, não necessitando que estes tenham conhecimento de programação para tal. Através de ferramentas de simulação há diversos itens do processo produtivo das empresas que podem ser facilmente resolvidos, como dimensionamento de linhas, células e equipamentos; estudo de gargalos e estoques no processo; redução em tempos de ciclo da produção; testes de layout e de dimensionamento da força de trabalho; determinação de quantidade, posicionamento e geração de programa off-line para robôs; e análise do fator humano (ergonomia) no processo de montagem e desmontagem.

Quais tecnologias podem auxiliar as atividades do trabalho remoto?

Até hoje, os modelos de simulação têm sido utilizados como componentes isolados para prever o futuro ou fazer modificações em um processo. Embora os dados para o modelo possam ser coletados de diferentes fontes, estes não têm sido compartilhados entre as diferentes aplicações. Entretanto, na etapa de construção de um modelo, uma descrição detalhada de todos os processos críticos da empresa se faz necessária. Uma vez que esse modelo tenha sido criado, aí sim haverá informações críticas para se atuar em todo o conjunto de desenho, planejamento e atividades de uma operação.

A tendência para o futuro é a utilização de modelos sendo completamente explorados através de seu compartilhamento com múltiplas aplicações empresariais. Ferramentas para programação de estoques, monitoramento e supervisão de processos em tempo real e manutenção preventiva farão uso compartilhado em um mesmo modelo que terão seus dados concluídos uma única vez e usados por todos os demais sistemas. A definição central de todos os elementos, estáticos ou dinâmicos, dos processos de fabricação na empresa, tornará a ferramenta de simulação fundamental para tomada de decisões.

Num mercado competitivo em que práticas de gerenciamento ineficazes são inadmissíveis, alternativas que possam agregar valor ou reduções de custo são altamente desejáveis, desde que não provoquem paradas nas operações atuais, não demandem muito tempo e, principalmente, investimento.

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